segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ao Meu Pai


Ao meu PAI,
que caminhou
a passos incertos
na incerteza da vida
que lhe foi adversa.
Adversa na solidão
sentida do peso
de actos desmedidos,
perdidos no tempo
e na desventura de ser incompreendido.
Mas...a tua vida,
não foi em vão.
Deste-me o sentido da luta e do altruísmo,
o sentido do dar
sem ter de esperar.
Ensinaste-me
que "apanhavas canários
para dar a filha do Rei"
...ensinaste-me afinal
que "existia o "PAI NATAL"
e as filhós sobre a mesa...
Ensinaste-me a pensar
e a sofrer...

Mas...
Ensinaste-me
que talvez na minha vida
teria de aprender assim,
com sofrimento,
para ser mais forte
e não me achar louca
no meio do sofrimento.

Ensinaste-me com a dor
a suportar a minha própria dor…
Via ás vezes lágrimas na tua dureza talvez para esconderes a carapaça
da tua dor, sabe-se lá de quê...
Pai hoje,
digo que te amo,
apesar de o ter escrito muitas vezes
e nunca consegui dizer-te.
Pai,
sempre estivestes no meu coração e sempre aí permaneceras.
Pai...
Porque mal ou bem
fostes tu o meu principio
e por isso,
jamais terás fim.




Poema feito pela tua filha Sãozita (como me chamavas), como Saudosa homenagem
Fundão 8 de Setembro de 2010