quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O que será o Natal...

Então é NATAL...
quando todos tiverem,
pão na mesa
e outros não deitarem,
comer fora.
Então é NATAL...
quando deixar
de se dar prendas...
apenas por dar
e não por gostar.
Então é NATAL...
devia deixar de ser
época de falsidade e consumismo.
Assim será NATAL
quando der a mão
e levantar gente do "chão".

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Natal...de mão fechada

O natal feito de nada
de tristezas sem igual
um Natal
de mão fachada...

Um natal de iguarias
de sobejos
já no lixo.
Um Natal onde
a "amizade"
é encapotada
com prendas
feitas de "vil metal"
onde não cabe o amor,
o carinho ou o perdão.

O Natal,
tão simplesmente
sentido sem ser
com o coração.
As prendas não compram nada
E as luzes também não.
Vejam bem no fundo
Ao escuro
Existe alguém sem ter pão.

O Natal das emoções
o que para mim, faz sentido
deve ser todos os dias
assim, será sempre bem vivido.

Bom Natal, aos amigos que moram no meu coração.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ao Meu Pai


Ao meu PAI,
que caminhou
a passos incertos
na incerteza da vida
que lhe foi adversa.
Adversa na solidão
sentida do peso
de actos desmedidos,
perdidos no tempo
e na desventura de ser incompreendido.
Mas...a tua vida,
não foi em vão.
Deste-me o sentido da luta e do altruísmo,
o sentido do dar
sem ter de esperar.
Ensinaste-me
que "apanhavas canários
para dar a filha do Rei"
...ensinaste-me afinal
que "existia o "PAI NATAL"
e as filhós sobre a mesa...
Ensinaste-me a pensar
e a sofrer...

Mas...
Ensinaste-me
que talvez na minha vida
teria de aprender assim,
com sofrimento,
para ser mais forte
e não me achar louca
no meio do sofrimento.

Ensinaste-me com a dor
a suportar a minha própria dor…
Via ás vezes lágrimas na tua dureza talvez para esconderes a carapaça
da tua dor, sabe-se lá de quê...
Pai hoje,
digo que te amo,
apesar de o ter escrito muitas vezes
e nunca consegui dizer-te.
Pai,
sempre estivestes no meu coração e sempre aí permaneceras.
Pai...
Porque mal ou bem
fostes tu o meu principio
e por isso,
jamais terás fim.




Poema feito pela tua filha Sãozita (como me chamavas), como Saudosa homenagem
Fundão 8 de Setembro de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Desculpa...


Quero chamar-te
tudo ou nada
o sol que aquece
e o vento que fustiga.

Não sei se és o bem,
ou és o meu mal…
Não sei se és a igualdade
ou és a diferença…

Será que és uma tempestade de verão,
ou a chama que me aquece no inverno?

Serás para mim o meu céu,
ou será pedaços dum inferno?

Não sei se te sorria
ou se não deva.
Serás o colo onde me acolhes
e me mimas
com pétalas de rosas
que me que desfolhes…

Estou mesmo aqui ao lado
a tua beira,
sentada com a esperança
numa cesta…
Empresta-me a tua mão,
para me ajudares a pegar-lhe,
para que o amor
que esta dentro dela não estremeça.
Um amor que só a nós
nos diz respeito,
um amor que já não me cabe
dentro deste peito,
e o ponho na cesta.
Mas…
na cesta ele estremece
ao baloiçar
e peço-te ajuda
para que mais firme
a possa segurar…
Para que dentro
o amor se possa
aconchegar


És o meu sossego
a minha luta,
a mão que me ajuda
a segurar a cesta,
és tanta coisa …

Desculpa,
mas vou chamar-te
AMOR.

Porque te quero tanto
que nada me basta

terça-feira, 8 de junho de 2010

O AMOR

Sentada no jardim
Da quimera
Teço flores
De papel para
Forrar a vida,
A vida…vida de sonhos
Mal vivida
Sempre á sombra
Quem sabe do arbusto
Mais sombrio
Onde planto amores
Mas não perfeitos.
Amores que
Arranco do
Peito
Com a dor
De nunca ser
Amada.
Amores
Sem pé
Que não se
Podem por numa jarra
Que encontrei
No vale encantado
Do sonho
E tentei…
Tentei colocar
Na jarra
Que sem fundo
Tem apenas
O vidro que rachou
Com o frio
Que o trespassa
Na transparência…
Brinco com o
Malmequer
Desfolhado,
Folhas de angustias
Que cobrem o chão
Onde as lágrimas
Brilham ao
Se soltarem
Do olhar
Que te acarinha
Todos os dias.
Olho o teu amor
Que nada de novo
Tem para mim.
Olho o sorriso
Que não me
Alegra,
E recebo o teu abraço
Que não me estreita
No teu coração.

Encontro o jardim
Encantado,
Jardim
Onde me sentei
E esperei
Por ti,
Envolvida
De amor
Quase perfeito
Ao qual extraíram
Os pés
E ficaram ali
Até secarem
Com vontade
De ficar.
Gostava de os
Colher
Para ti…
Em cada pétala
Em forma de
Coração,
Onde ponho
Um beijo
De ternura
E amor.
Recolho agora
As pétalas
Do malmequer
E tento
Formar a
Flor e sentir
Que afinal
Tenho o teu Amor
Quase perfeito.

Minha Filha

Medo…
seguido de ansiedade.
Mudanças corporais
Agonias matinais…
Senti que não estava só
Crescias em mim.
Era um misto de surpresa
De fascinação.
Ter-te ali aconchegada
Invisível…
Fazia-te uma festa
Com a mão.
Ouvíamos, musica
Fazia bonecos de pano,
Perguntava se gostavas
E tu
Serena bem escondidinha
Amavas já o urso
Castanho.

Tu,
Envolvida ainda num mundo
De sonho.
Eu…
Esperava a tua chegada.

Ser mãe é ternura!
Tornou-se alegria
Quando eu menos esperava
Ser mãe…eis o meu destino...
preciosa a descoberta
Minha solidão acabava
a vida,
ganhou um novo nome:
filha
A filha da minha vida,
fruto de meu corpo
crescias em mim,
libertavas-me de uma vida
De não ter valor.
Agora, dava vida
e essa vida, era só minha...

Minha filha nasceu;
passei dias apertados,
passei noites sem dormir
hoje,
Passo os meus dias amando...
O desconforto
se tornou vida.
A minha realidade
Virou um sonho que nunca sonhei,
È deste sonho
Que minha alma respira...
TU nascestes!
e contigo
eu pude nascer também.