domingo, 10 de abril de 2011

A "Madrugada"


Abri a minha janela
para ver a madrugada.
Estava radiosa
vestida de azul,
mas…
Depressa se despiu
e vestiu-se
de cinzento
E…
Começou a chorar.

Então eu,
corri descalcei-me
e fui chorar com ela.
Senti os pés na terra
e cheiro a lama
e…
Senti a sensação de frio…
Não só nos pés,
mas também no coração
pela solidão
e pela amargura de abandono.


Sentei-me na terra
e de vestido já molhado
senti
a melodia do vento.
Depois,
a madrugada,
encantou-se com o tempo
e não chorou mais.
Vestiu-se de flores!



MMalmequeres
cresceram á minha volta
senti uma sensação de alegria.
Senti o cheiro das violetas…

Mas…
Era apenas uma pausa
Da primavera fingida,
com aroma a flores.

Peguei no papel,
escrevi,
refugiando-me na primavera.
Pintei-a com lápis de cor
e no contorno do desenho,
vi desenhar-se
uma réstia de amor.

Emoldurei o desenho
de vermelho
A cor do amor.
Chamei-te,
ofereci-te o desenho
Que pintei á chuva…

Esperei que me abraçasses
para te sentir ao meu lado.
No arejado
afago de verão.
desenhei um coração

Agora,
Não preciso de pintar.
vou deixar-me ficar
Á espera do Outono
E quem sabe do inverno
para me aconchegares.

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